Vacinação contra a covid-19 em São Paulo: como está o calendário e quais são os diferentes tipos de vacina

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Há pouco mais de um ano, em fevereiro de 2020, foi diagnosticado o primeiro caso de covid-19 no Brasil e um mês depois, no dia 11 de março, a Organização Mundial da Saúde anunciou que o mundo estava vivendo uma pandemia do novo coronavírus. 

Desde então, diversos estudos foram e ainda estão sendo realizados para compreender melhor o comportamento deste vírus no corpo humano,os possíveis tratamentos e formas de prevenção. A partir disso, algumas vacinas foram desenvolvidas, testadas e aprovadas para o uso na população.

Nessa publicação, vamos falar sobre o calendário de vacinação da cidade de São Paulo e sobre as vacinas que estão sendo utilizadas. Acompanhe!

- Calendário de vacinação de São Paulo

- Como a campanha está funcionando?

- Vacinas contra a covid-19

     . Como uma vacina funciona?

     . Quais os tipos de vacina contra a covid e como funcionam?

Calendário de vacinação de São Paulo

A campanha de vacinação contra a covid-19 na cidade de São Paulo teve início no dia 19 de janeiro de 2021. Hoje, 4 meses depois, um pouco mais de 1 milhão de pessoas foram imunizadas (receberam as duas doses da vacina) , onde o número de habitantes ultrapassa 12 milhões.

A última atualização no calendário aconteceu no dia 13 de maio, onde foram incluídas pessoas com comorbidades de 45 a 50 anos e motoristas e cobradores de ônibus.

Calendário de vacinação atualizado pelo governo estadual em 13/05/2021 - Imagem: Twitter/Governo de SP

Como a campanha está funcionando?

A vacinação está acontecendo por meio de postos fixos, postos volantes e drive-thrus distribuídos por todas as zonas de São Paulo. Entre eles estão as Unidades Básicas de Saúde, os Centros de Saúde, os Serviços de Atenção Especializada, farmácias, shoppings, faculdades, igrejas, entre outros.

Para saber o local ao qual deve se dirigir para receber a vacina  ou receber outros tipos de atendimento, a Secretaria Municipal de Saúde lançou no final do ano passado, o aplicativo e-saúdeSP que fornece dados sobre consultas e exames e também oferece dicas e monitoramento sobre a covid-19, além de buscar as unidades de saúde mais próximas.

Na intenção de evitar aglomerações nos postos, a prefeitura de São Paulo pede que o público previsto na campanha de vacinação realize o pré cadastro no site VacinaJá. Os dados requeridos são básicos: nome completo, CPF, endereço completo, telefone e data de nascimento. É importante lembrar que esse pré-cadastro não é um agendamento e nem um requisito obrigatório para receber a vacina, mas ajuda a agilizar o tempo de atendimento, diminuindo a concentração de pessoas no local.

Vacinas contra a covid-19

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Desde o ano passado, diversas vacinas do mundo todo já passaram por testes, mas poucas foram aprovadas. Segundo a Organização Mundial da Saúde, “das vacinas que chegam aos testes clínicos, apenas uma em cada cinco é bem sucedida. 

COMO FUNCIONA UMA VACINA?

As vacinas são o meio mais seguro e eficaz de proteção contra doenças infecciosas. Nelas são utilizadas partículas do próprio agente patogênico para induzir a imunidade, pois estimula nosso organismo a produzir anticorpos contra essas doenças. Os anticorpos são criados naturalmente quando nosso organismo é atacado por algum vírus ou bactéria.

As vacinas estimulam o nosso organismo a se defender de forma eficaz, pois quando recebemos um imunizante e entramos em contato com os agentes transmissores, nosso sistema de defesa é ativada através da memória do nosso sistema imunológico, limitando a ação de vírus ou bactérias antes que o nosso corpo adoeça. Geralmente, idosos e crianças estão mais propensos a desenvolver complicações. No caso do coronavírus, existem grupos prioritários mais amplos. Além de idosos, pessoas com comorbidades, grávidas e puérperas, as pessoas com deficiência também foram incluídas, assim como outros grupos.

Existem diversos tipos de vacinas. Cada uma delas apresentará o patógeno de forma diferente, vamos ver os tipos de vacina que estão sendo desenvolvidas para o combate ao coronavírus;

- vacina de vírus atenuados ou inativados: apresenta o vírus enfraquecidos para estimular o corpo a produzir resposta imunológica;

- vacina de vetor viral: apresenta um outro vírus geneticamente modificado para produzir proteínas virais e provocar uma resposta imunológica;

- vacina baseadas em proteínas: apresenta uma proteína do vírus ou uma parte dela ou uma proteína que imite parte da estrutura do vírus para provocar uma resposta imunológica;

- vacina de RNA e DNA: apresenta RNA ou DNA geneticamente modificado do vírus para gerar uma proteína.

QUAIS OS TIPOS DE VACINA CONTRA A COVID-19 E COMO FUNCIONA?

As vacinas que foram aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para uso no Brasil são quatro: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen. Atualmente, apenas as três primeiras estão sendo utilizadas.

A CoronaVac, parceria entre o Instituto Butantan e o laboratório chinês SinoVac Biotech, é um caso de vacina com vírus inativado, ou seja, um vírus que foi quimicamente enfraquecido e se tornou incapaz de se replicar. Ao entrar em nosso corpo, as células de defesa do organismo localizam e respondem ao vírus com a produção de anticorpos.

É um processo que exige certo tempo para um proteção efetiva e necessita de uma dose de reforço para ajustar a quantidade de anticorpos necessários contra uma possível infecção de coronavírus. As duas doses devem ter um intervalo de 2 a 4 semanas de aplicação entre uma e outra. Apresentou uma eficácia geral de 50,38% nos testes brasileiros e se mostrou 100% eficaz nos casos moderados e graves e 78% eficaz nos casos leves da covid-19.

A vacina de Oxford, também chamada de AstraZeneca, parceria entre a Universidade de Oxford, o laboratório AstraZeneca e a FIOCRUZ, se trata de uma vacina de vetor viral, na qual o vírus é modificado geneticamente para estimular a produção de anticorpos contra o coronavírus por parte do sistema imunológico. Usa-se um vírus enfraquecido (adenovírus) que carrega parte do material genético produtor da proteína que auxilia o vírus da covid-19 a invadir células humanas. Assim, após a vacinação, o adenovírus ensina o sistema imunológico a destruir essa proteína. 

Também necessita de uma dose de reforço, nesse caso, com um intervalo de 12 semanas entre as aplicações. Após essa imunização, o sistema imunológico do nosso organismo é capaz de reconhecer e atacar o coronavírus caso ocorra uma infecção. Apresentou nos testes uma eficácia geral de 70% após a aplicação das duas doses.

A vacina da Pfizer, ou Comirnaty como é chamada, é uma vacina com RNA mensageiro que ajuda o organismo a gerar a imunidade contra o coronavírus. Esse RNA sintético instrui o organismo a produzir as proteínas na superfície do vírus, estimulando a resposta do sistema imune. Para a aplicação da dose de reforço deve haver o intervalo de 21 dias após a aplicação da primeira dose. Essa vacina apresentou em testes uma eficácia geral de 95% após a segunda dose.

É importante ressaltar que, para que os países consigam atingir a imunidade coletiva e possamos retornar às atividades normais, é necessária a vacinação de bilhões de pessoas, pois a imunização é a única forma de frear a transmissão da covid-19. Além disso, o diagnóstico e tratamento precoce, diminuem consideravelmente as chances de evolução da doença para sua forma grave.

Por isso, caso você apresente sintomas da covid-19, não hesite em procurar uma ajuda médica.

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